DEMISSÃO SILENCIOSA: o mínimo necessário em prol do equilíbrio!

Demorou, mas "a conta chegou"! Um novo desafio se apresenta às culturas organizacionais: promover engajamento e, simultaneamente, planejar adequadamente as rotinas, os processos e monitorar resultados sem colapsar o time!

A máxima de "fazer mais com menos" trouxe consequências desastrosas à saúde do trabalhador e à elevação da insatisfação, com um fenômeno chamado "A Grande Renúncia", em que as novas gerações desistem de oportunidades onde não há reconhecimento, valorização humana ou salários justos, conforme mercado e exigências de entregas.
A atual revolução do mundo do trabalho e como o RH vai se adaptar a demissão silenciosa
O Brasil registrou recorde de pessoas que deixaram empregos : 6,175 milhões de pedidos de demissão em 12 meses até maio, sendo 1 desligamento voluntário a cada 3 ocorrido (o CAGED aponta o índice de 2,9 milhões de demissionários entre janeiro e maio de 2022). Este é um "sintoma" que não pode ser desconsiderado, sobretudo com profissionais de maior escolaridade.

Não se trata de negligência, desleixo ou desinteresse na prestação de serviços que pudessem configurar um risco de "justa causa", mas uma tendência de fazer o mínimo necessário, sem maior ênfase às ambições, mas com o anseio de dispor de equilíbrio e gastar energias também com outras esferas da vida.

As novas gerações buscam propósito, desafiam os velhos modelos a estimularem sua performance com contrapartida e desafios adequados aos potenciais, convergentes aos princípios (afins). Ou "se viram" inventando o que as tecnologias viabilizarão como oportunidades de novas ocupações.

Fora mesmo o TIK TOK e o TWITTER que disseminaram o "quiet quitting" ou "demissão silenciosa" como a arte de cumprir obrigações dentro do mínimo necessário pra se manter o emprego. Acrescente-se, aí, "pais helicópteros" que dão guarida aos filhos desistentes, novas tecnologias e profissões ainda desconhecidas.

Precisamos desaprender e reaprender para onde caminha a humanidade - e nos colocarmos à prova quanto à nossa capacidade empática, de inovação, também de gestão de competências (técnicas e comportamentais).

Como já cantava Legião Urbana: "o futuro não é mais como era antigamente"! Avante! Há muito o que aprender (e mudar) nesse universo do trabalho!


Mayvonne Morais
Psicóloga (especialista em RH a mais de 30 anos)
Instagram: www.instagram.com/mayvonnemorais
Fonte da imagem: freepik (Image by storyset on Freepik)

E você já sabia desse movimento de demissão silenciosa? E o que acha disso?


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