Quando buscamos vagas e empresas, buscamos alinhamento com nossas expectativas, mas muitas vezes o que temos são valores não verdadeiros e/ou propaganda totalmente enganosa!
Um dos paradoxos (ou mentiras) que mais me incomodam no ambiente organizacional - sobretudo pela “vista grossa” que muitos líderes e RH’s fazem - é a observação do hall de princípios apregoados e emoldurados nas políticas de gestão ou anunciação estratégica dos “valores” de muitas empresas (muitas mesmo)!
Ora, se os tais valores devem nortear o comportamento humano dos que ali “habitam”, atuam ou trafegam, todas as ações, planejamentos, reconhecimentos e medidas de disciplina ou desenvolvimento devem, sim, convergir para a sua consolidação!
Quando se fala que naquele ambiente existe um time revestido de ética, valorização humana, igualdade, justiça, solidariedade, respeito, excelência, etc., todos os esforços devem estar alinhados à identificação (e defesa) de tais princípios, como componentes fortes da cultura!
Ocorre que, nos bastidores, corredores, refeitórios, rotas de transportes e crenças, a história é bem diferente - e também a tal meritocracia almejada não resiste às práticas assediosas, aos privilégios de uns, uso indevido de recursos, guerras de poder, sobrecarga de trabalho, negociatas, bajulações, e todas as outras máscaras que promovem um “efeito estufa” asfixiando a razão e a motivação por fazer o melhor possível…
Culturas de insegurança e medo são verdadeiros entraves à satisfação no trabalho e certo convite ao turnover, absenteísmo, adoecimento e tribunais. Nenhuma reputação se mantém erguida num ambiente que inspira cansaço, descrença, desigualdade e repulsa. É mesmo desanimador ver recusas profissionais que preferem “o olho da rua” ao “olho do furacão” de tais nocivos ambientes (estrutural, político e psicológico)!
Precisamos rever nossos papéis e autonomia na construção de novos modelos de gestão e organizações, precisamos compreender para onde caminha a humanidade (tendências, tecnologias e gerações), precisamos nos encorajar enquanto agentes de transformação social (inclusive no trabalho) - do contrário, assistiremos, todo o tempo, o clima organizacional provocar intempéries que poderão gerar perdas ou colapsos ainda maiores nas organizações do trabalho!
| Vale pensar nisso (e começar a verdadeira revolução produtiva para todos que sustentam e desenvolvem o Mercado de Trabalho)!
Avante! 🎯💪🏼
Psicóloga (especialista em RH a mais de 30 anos)
Instagram: www.instagram.com/mayvonnemorais
Fonte da imagem: freepik (Imagem de redgreystock no Freepik)
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