Muitas pessoas me perguntam como desenvolver inteligência emocional, e o que é essa competência tão almejada atualmente pelas pessoas e as empresas.
Inteligência emocional é a capacidade de controlar e interpretar suas próprias emoções e das pessoas que estão a seu redor, decidindo com discernimento e ponderação as ações e comportamentos que serão tomadas diante do que a vida lhe impõe.
Existem alguns pilares que são fundamentais a todos aqueles que querem desenvolver a tão falada inteligência emocional, são eles:
AUTOCONHECIMENTO
Reconhecer e identificar seus sentimentos é fundamental para o controle das emoções. Emoções são inconscientes e incontroláveis, entretanto os sentimentos são possíveis de serem controlados quando temos domínio próprio, com autoquestionamentos, isso mesmo, quando as situações surgirem em sua vida, questione-se, se dê os famosos 03 segundos... pare e respire fundo, verifique o que realmente está ao seu alcance fazer, perceba quais sentimentos estão te visitando no momento, qual ligação o fato de fato exerce no seu contexto, e tenha certeza que a sua decisão será a mais sensata possível.
AUTORRESPONSABILIDADE
A transferência de culpa é uma atitude muito comum, que inconscientemente algumas pessoas praticam, ou seja, sequer conseguem perceber. Tanto na vida pessoal quanto na profissional e, especialmente, quando é algo negativo. O que reforça ainda mais a relevância da autorresponsabilidade.
Afinal de contas, por meio dela é possível assumimos as rédeas das nossas vidas, lidarmos melhor com as situações, ao invés de transferir a responsabilidade para o outro. Acredite: a autorresponsabilidade desempenha profundo impacto positivo em nossa rotina e pode até mesmo mudar o nosso propósito de vida.
E O QUE É AUTORRESPONSABILIDADE?
Em resumo, a autorresponsabilidade está diretamente associada à capacidade de nos responsabilizarmos pelos nossos resultados.
A melhor parte é que, da mesma maneira que aprendemos a transferir a culpa, em algumas situações, também podemos desenvolver essa extraordinária habilidade: a autorresponsabilidade.
A questão é o quanto estamos dispostos a aperfeiçoá-la, para algumas pessoas atribuir a culpa ao outro as mantém presas em sua própria zona de conforto, pois enquanto a responsabilização é transferida, não necessariamente a pessoa se sente responsável pelo seu próprio fracasso, assim ela se mantém presa na ilusão que está fazendo tudo que está ao seu alcance para atingir seus objetivos, e boa parte do que ela não tem é de responsabilidade de fatores externos como: cenário econômico, seus pais, seu conjugue, amigos, chefes, etc... a lista é extensa. Metáfora para exemplificar esse tipo de atitude: quando eu aponto o dedo para o outro, tem no mínimo 03 voltados para mim.
Saber que está no controle do que está colhendo hoje em sua vida é fundamental para entender que seus resultados dependem inteiramente de suas decisões, portanto entender e decidir o que fazer com os sentimentos é de sua total responsabilidade. A pessoa autorresponsável não vive culpando ninguém, ela assume as consequências das suas escolhas, assumindo seus erros e acertos e consegue deixar de ser reativa ao que lhe acontece, sendo protagonista da sua vida.
AS 6 LEIS DA AUTORRESPONSABILIDADE
• Se é para criticar os outros, cale-se;
• Se é pra reclamar, dê sugestão;
• Se é para buscar culpados, busque solução;
• Se é para se fazer de vítima, faça-se de vencedor;
• Se é para justificar seus erros, extraia os aprendizados com eles;
• Se é para julgar as pessoas, julgue suas próprias atitudes.
EMPATIA
É a capacidade que uma pessoa tem de sentir e se colocar no lugar de outra pessoa, como se estivesse vivendo aquela situação. A partir da empatia é possível entender os sentimentos e as emoções do outro, essa capacidade de se colocar e entender os sentimentos e contexto das outras pessoas é fundamental para desenvolver o controle dos seus próprios sentimentos, ter a consciência de que as pessoas também podem errar e tentar se colocar em seu lugar faz com que deixemos de julgá-las por suas atitudes ou até mesmo a falta delas.
EMPATIA É DIFERENTE DE SIMPATIA.
A simpatia requer menos envolvimento e pode ser mais superficial. Já ser empático exige maior proximidade. É enxergar o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele. Empatia é o ponto mais forte entre a compreensão e conexão com outro ser humano. Ter empatia por outra pessoa é muito mais do que apenas enxergá-la, é ter a capacidade de vestir suas dores.
Uma famosa referência sobre Simpatia x Empatia é da autora Brené Brown –Pesquisadora do tema, Brené afirma que empatia é uma habilidade que pode unir as pessoas e fazer com que se sintam incluídas, enquanto a simpatia cria uma dinâmica de poder desigual e pode levar a mais isolamento e desconexão.
QUANDO É NECESSÁRIO USAR A EMPATIA?
Uma vez que entendemos como usar a empatia, poderemos aplica-la em várias situações, como:
• Quando estivermos envolvidos num assunto polêmico, é de extrema importância mantermos a escuta ativa para e entender por qual motivo o outro possui opinião divergente;
• Quando temos problemas em nos conectar emocionalmente com o sofrimento do outro;
• Quando for necessário reclamar de algo, procuramos de forma eficaz como fazer a reclamação.
A empatia é naturalmente mais fácil para alguns do que para os outros. No entanto, tomando tempo para realmente enxergar o contexto como de fato é para a outra pessoa e nos imaginarmos em seu lugar SENDO ela, obteremos insights valiosos e estabelecemos conexões mais profundas com aqueles que nos rodeiam.
E, DE FATO COMO DESENVOLVER INTELIGÊNCIA EMOCIONAL?
Assim como costumamos treinar competências técnicas para nos tornarmos especialistas em algo, também é possível atuar para desenvolver os aspectos da inteligência emocional.
Agora que você já possui certa compreensão sobre alguns dos principais pilares da inteligência emocional, vou abordar três táticas para que você consiga treinar essas habilidades e alcance os benefícios da inteligência emocional na sua vida pessoal e profissional.
1. QUESTIONE-SE
Questionar-se e tirar um tempo para si mesmo é relevante para avançar no autoconhecimento e, consequentemente, ter mais inteligência emocional.
2. FAÇA COMPROMISSOS COM VOCÊ
Manter-se motivado nem sempre será tarefa simples.
Entretanto, ser capaz de traçar um plano para a própria vida e colocá-lo em prática do início ao fim, traz a sensação de dever cumprido acompanhado de um sentimento recompensador.
Para trabalhar a automotivação, experimente traçar e cumprir pequenos tratos com você mesmo.
Estabeleça e pratique pequenos compromissos, como:
• Beber X quantidade diariamente;
• Visitar X lugar durante a semana;
• Realizar X ligação para aquela pessoa importante até tal data;
• Fazer aquele passeio a tempo sonhado.
São atitudes simples, porém vão testar sua habilidade em manter a motivação acesa para cumprir estes combinados.
3. PRATIQUE MAIS A ESCUTA ATIVA
Só será possível desenvolver a empatia e conseguir fortalecer aspectos da inteligência emocional se você se dedicar a conhecer melhor quem está à sua volta.
Para isso, a recomendação é lembrar de tirar o foco de si mesmo e escutar mais as outras pessoas.
ESCUTAR é muito mais que ouvir! Escutar é respeitar o limite do outro, sem necessariamente invadir o seu, ou seja, você não tem obrigação de aceitar e sim de respeitar.
| Saber como desenvolver a inteligência emocional é essencial para quem busca viver com mais equilíbrio.
Tikinha Albuquerque
Coach e Trainer em PNL
Instagram: www.instagram.com/tikinhacoach
Fonte da imagem adaptada: freepik
E você, como lida com sua inteligência emocional? Conte-nos e ajude outras pessoas a liderarem bem com seu desenvolvimento!
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