A felicidade no trabalho: perspectivas e desafios para a liderança

A felicidade no trabalho é um tema cada vez mais relevante e urgente para as organizações que buscam se adaptar às mudanças e desafios do mundo atual. 

Mas o que significa ser feliz no trabalho? Quais são os fatores que influenciam a satisfação e o bem-estar dos colaboradores? E como a liderança pode promover e medir a felicidade no trabalho?

Neste artigo, vamos explorar algumas perspectivas e desafios para a liderança sobre a felicidade no trabalho, baseados em pesquisas e evidências científicas. Vamos também apresentar alguns indicadores que podem ser usados para monitorar e corrigir rotas na gestão da felicidade no trabalho.

Segundo um estudo da Universidade de Warwick, na Inglaterra, os funcionários felizes são 12% mais produtivos do que os infelizes. Além disso, os funcionários felizes tendem a ser mais criativos, inovadores e engajados com os objetivos da organização. 

Por outro lado, os funcionários infelizes podem gerar custos com absenteísmo, turnover, conflitos e baixa qualidade do trabalho.
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Mas o que faz as pessoas felizes no trabalho? 

De acordo com uma pesquisa da consultoria Robert Half, os principais fatores que influenciam a felicidade no trabalho são: o relacionamento com os colegas e os gestores, o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, o senso de propósito e significado do trabalho, o reconhecimento e a remuneração justa, e as oportunidades de crescimento e desenvolvimento.

Portanto, para promover a felicidade no trabalho, as empresas devem investir em ações que fortaleçam esses aspectos, tais como: 

• Estimular a comunicação, o feedback e a colaboração entre as equipes; 
• Oferecer flexibilidade de horário e de local de trabalho; 
• Alinhar as expectativas e os valores dos funcionários com os da organização; 
• Reconhecer e recompensar o desempenho e o potencial dos colaboradores; 
• E proporcionar treinamentos, cursos e outras formas de aprendizagem contínua.

A felicidade no trabalho não é apenas um benefício para os funcionários, mas também para as empresas. Ao criar um ambiente de trabalho positivo e inspirador, as organizações podem aumentar a sua competitividade, a sua inovação e a sua sustentabilidade. Afinal, as pessoas são o maior ativo de qualquer empresa.

A felicidade no trabalho pode ser definida como um estado de espírito positivo em relação ao trabalho, que envolve tanto aspectos hedônicos (prazer, satisfação, emoções positivas) quanto aspectos eudaimônicos (propósito, realização, crescimento pessoal). 

A felicidade no trabalho não é apenas a ausência de sofrimento ou insatisfação, mas sim a presença de sentimentos e experiências positivas que contribuem para o bem-estar geral do indivíduo.

A felicidade no trabalho é influenciada por diversos fatores, tanto individuais quanto organizacionais. Alguns dos fatores individuais são: personalidade, valores, expectativas, motivação, autoestima, autoeficácia, resiliência, etc. 

Alguns dos fatores organizacionais são: cultura, clima, estrutura, liderança, comunicação, feedback, reconhecimento, autonomia, participação, relações interpessoais, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, etc. .

Quais são os benefícios da felicidade no trabalho?

A felicidade no trabalho traz diversos benefícios tanto para os colaboradores quanto para as organizações. Diversos estudos mostram que colaboradores felizes são mais produtivos, criativos, inovadores, comprometidos, engajados, cooperativos, resilientes e saudáveis. 

Além disso, a felicidade no trabalho reduz o absenteísmo, a rotatividade, o estresse e os conflitos .

As organizações que investem na felicidade no trabalho também se beneficiam de uma maior reputação, atratividade, competitividade e sustentabilidade. 

A felicidade no trabalho é um diferencial estratégico que pode gerar vantagem competitiva e valor para as organizações.

Como a liderança pode promover e medir a felicidade no trabalho?

A liderança tem um papel fundamental na promoção e na medição da felicidade no trabalho. A liderança pode promover a felicidade no trabalho por meio de práticas de gestão que favoreçam os fatores individuais e organizacionais que influenciam a felicidade no trabalho. 

Algumas dessas práticas são: 

• Definir uma visão clara e inspiradora; 
• Alinhar os valores e objetivos da organização com os dos colaboradores; 
• Oferecer oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional; 
• Delegar responsabilidades e dar autonomia; 
• Reconhecer e recompensar o desempenho; 
• Dar feedback constante e construtivo; 
• Estimular a comunicação aberta e transparente; 
• Incentivar a colaboração e o trabalho em equipe; 
• Cuidar da saúde e do bem-estar dos colaboradores; 
• Promover o equilíbrio entre vida pessoal e profissional; etc. 

A liderança também pode medir a felicidade no trabalho por meio de indicadores que reflitam os aspectos hedônicos e eudaimônicos da felicidade no trabalho.

Alguns desses indicadores são: 

• Índice de satisfação no trabalho; 
• Índice de engajamento no trabalho; 
• Índice de clima organizacional; 
• Índice de bem-estar no trabalho; 
• Índice de propósito no trabalho; 
• Índice de realização no trabalho; etc.

Esses indicadores podem ser obtidos por meio de pesquisas, questionários, entrevistas, observações, etc.

A liderança deve monitorar esses indicadores periodicamente e compará-los com os objetivos e metas da organização. A liderança também deve analisar os resultados e identificar as forças e as fraquezas da gestão da felicidade no trabalho. A partir dessa análise, a liderança deve elaborar e implementar planos de ação para melhorar os aspectos que estão comprometendo a felicidade no trabalho, bem como para potencializar os aspectos que estão favorecendo a felicidade no trabalho.

Alguns autores propõem modelos teóricos para explicar a felicidade no trabalho, como por exemplo:

O modelo PERMA, de Martin Seligman, que afirma que a felicidade no trabalho depende de cinco elementos: emoções positivas (P), engajamento (E), relacionamentos (R), significado (M) e realização (A).

O modelo SPANE, de Ed Diener, que mede a felicidade no trabalho a partir da avaliação da frequência e intensidade de sentimentos positivos (S) e negativos (N), além do afeto (A) e da satisfação (E) com a vida em geral.

O modelo Job Characteristics Model, de Hackman e Oldham, que sugere que a felicidade no trabalho é influenciada pelo grau em que o trabalho possui cinco características: variedade de habilidades (V), identidade da tarefa (I), significado da tarefa (S), autonomia (A) e feedback (F).

Esses são apenas alguns exemplos de como a felicidade no trabalho pode ser compreendida e mensurada. No entanto, é importante ressaltar que não há uma fórmula mágica ou universal para alcançá-la. Cada pessoa tem sua própria percepção e preferência sobre o que lhe faz feliz no trabalho.

Conclusão

A felicidade no trabalho é um tema essencial para as organizações que querem se destacar e se adaptar ao mundo atual. 

A felicidade no trabalho traz benefícios tanto para os colaboradores quanto para as organizações, aumentando a produtividade, o engajamento, a inovação, a cooperação, a saúde e a sustentabilidade. 

A liderança tem um papel fundamental na promoção e na medição da felicidade no trabalho, por meio de práticas de gestão que favoreçam os fatores individuais e organizacionais que influenciam a felicidade no trabalho, bem como por meio de indicadores que reflitam os aspectos hedônicos e eudaimônicos da felicidade no trabalho. 

A liderança deve monitorar esses indicadores periodicamente e elaborar planos de ação para melhorar a gestão da felicidade no trabalho.

Fontes:
https://super.abril.com.br/historia/da-para-ser-feliz-no-trabalho/
https://revistamelhor.com.br/felicidade-no-trabalho-aumenta-produtividade-em-12-diz-pesquisa
https://posdigital.pucpr.br/blog/modelo-perma
https://www.mitsloanreview.com.br/post/felicidade-o-superpoder-das-pessoas-com-bom-desempenho
https://periodicos.utfpr.edu.br/rbqv/article/view/453


Autor: Benjamim Garcia Netto
Gerente Regional do SENAC/RN, Professor | MBA em Gestão de Negócios | Esp em Liderança e Gestão Organizacional
Fonte: Artigos Linkedin
Fonte da imagem: Adaptado do freepik

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